Enquanto professora e coreógrafa é uma concretização profissional chegar ao fim do ano lectivo e apresentar um espectáculo de dança em que as minhas alunas têm oportunidade de mostrar tudo o que aprenderam e brilhar!
O evento tem vindo a repetir-se nos últimos anos, mas a cada edição adquire um sabor verdadeiramente especial, seja porque a organização melhorou ou a produção começa a existir verdadeiramente e até mesmo pela atenção ao pormenor. Sucintamente, todos os ano existe um crescimento e isso vê-se pelo sucesso atingido.
O ano passado o "meu" espectáculo convidou a Escola de Kung Fu Long Chuan do Professor Marco Martins para incluir o alinhamento do mesmo. Sendo uma arte marcial, o professor consegue criar momentos verdadeiramente artísticos em termos de movimento, musicalidade e teatralidade.
Este ano não houve convite, houve parceria: é Arte em Palco - Espectáculo de artes performativas: Ballet, Dança Contemporânea e Kung Fu. Será um espectáculo cheio de cor, virtuosismo, animação, variedade, emoção, diversão e brilhantismo, contando com a participação de todos os alunos, desde os mais pequenos até aos adultos.
Quando pensámos que o Lago dos Cisnes era um bailado clássico, enganámos-nos. Estou expectante e quero muito ir ver este bailado contemporâneo. As datas anunciadas são 15, 16 e 17 de Fevereiro nos Recreios da Amadora. Bilhetes à venda através de: http://www.bilheteira.quorumballet.com/SeleccionarLugares.aspx?ID=1ZjliQb7NXg=
Promo Swan Lake Quorum Ballet
Porque nem só de ballet se alimenta o blogue de uma professora de dança, quero hoje falar-vos desta companhia de dança contemporânea. Nunca tive oportunidade de os ver in loco, mas das pesquisas que já realizei e da informação encontrada na Internet percebo que se trata de um trabalho feito com muita qualidade, profissionalismo e criatividade.
Acedam ao site http://www.quorumballet.com/ e vejam alguns excertos dos trabalhos realizados. Partilhem, divulguem, promovam e apoiem os excelente projectos de dança existentes no nosso país.
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Ballet para adultos
sexta-feira, janeiro 25, 2013
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É um artigo brasileiro, mas considerei-o representativo da experiência que tenho tido como professora de Ballet para adultos (mulheres e homens) a partir dos 20 anos de idade e decidi partilhá-lo convosco neste espaço.
Felizmente, o preconceito de que Ballet é para crianças está a tornar-se obsoleto, principalmente porque existe cada vez mais a realidade de aulas de Ballet exclusivas para adultos, sejam estes experientes ou não! Eu própria frequentei aulas de Ballet aos 20 anos numa turma de crianças e não gostei. O desconforto da desadequação foi maior que a vontade de aprender, e tenho a certeza que os que o experimentaram também o sentiram.
Depois de concluir a minha licenciatura, um dos projectos que tinha em mente era o de promover uma turma de Ballet para adultos sem qualquer experiência em dança, para que estes pudessem aprender tudo desde o início, tal como acontece com o ensino direccionado às crianças, mas num ambiente completamente diferente.
Artigo Brasileiro - Balé volta à moda entre mulheres com mais de 30
As pessoas que procuram o Ballet, como o artigo refere, procuram uma distracção do quotidiano, um escape para o stress do dia-a-dia, procuram o concretizar de um sonho de infância, aliado às responsabilidades enquanto adulto. Este equilíbrio pode ser alcançado, conseguindo ser simultaneamente divertido e enriquecedor, ao mesmo tempo que se pratica uma actividade física, tão importante para combater os hábitos mais sedentários.
O apoio dos amigos e familiares perante estas decisões nem sempre se apresenta de forma positiva, sendo bastante comum alguém fazer questão de dizer que "já não é idade para aprender Ballet". Talvez sejam essas pessoas que gostavam de arriscar mas que não conseguem. Para aqueles que têm dúvidas desafio-os a aparecer, só quando experimentarem vão perceber se se trata ou não de uma aula à sua medida.
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Prix de Lausanne 2013
sexta-feira, janeiro 25, 2013
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Criado em 1973, o Prix de Lausanne, uma competição internacional para bailarinos, é aberto a jovens bailarinos de todas as nacionalidades com idades entre 15 a 18 anos que ainda não são profissionais.
A cidade de Lausanne na Suiça acolhe este concurso anualmente e este ano decorrerá entre os dias 27 de Janeiro e 2 de Fevereiro.
La Bayadére é o meu bailado de eleição. A primeira que vi o "Kingdom of Shadows" foi quando uma professora de faculdade me emprestou um DVD. Fiquei abismada, encantada e desejosa de o ver por inteiro. Claro que o YouTube é uma ferramenta muito útil, tem várias variações deste bailado e o bailado inteiro, mas não é a mesma coisa.
Sorte a minha e de quem o quer ver, no próximo dia 27 de Janeiro, pelas 15h, alguns cinemas da Zon Lusomundo vão transmiti-lo em directo a partir do Bolshoi. Isso quer dizer produção, coreografia, corpo de baile, solistas e principais fantásticos e tudo ao mais alto nível! Embora não seja num teatro, as apresentações deste género têm-me surpreendido pela positiva, porque a qualidade de imagem e som são óptimos e há sempre entrevistas nos intervalos com coreógrafos, produtores e bailarinos.
Deixo-vos uma montagem da minha parte preferida:
Montagem de ensaios e apresentação do bailado La Bayadére: excertos do Reino das Sombras pelo Boston Ballet´s Night os Stars 2010
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Costureirinhas no ballet
quinta-feira, janeiro 17, 2013
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Tutus (farfalhudos) feitos com tiras de tule amarelo, verde e azul ou roxo. Elástico fino.
Ser professora de ballet e dança não é ser só isso. Entre muitas outras habilidades, a professora também é designer e costureira. As professoras que têm muita sorte, como é o meu caso, têm alunas e mães que se disponibilizam para ajudar na confecção dos figurinos para os espectáculos. O ano passado começou por ser uma ajuda, mas este ano já inovámos e fizemos um workshop de costura para que as bailarinas adultas aprendessem a fazer o seu próprio tutu. Foi um sucesso! Quero alargar esta ideia às mães das bailarinas mais pequenas. Aqui ficam algumas fotos de tutus pensados e costurados por mim e por alunas.
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Sapatilhas de pontas
quinta-feira, janeiro 10, 2013
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Não há blogue de professora de ballet sem um artigo sobre as mais admiradas e respeitadas sapatilhas do mundo. No seguimento do artigo deixo-vos um resumo da História sobre as primeiras sapatilhas e de como as bailarinas e sapatilhas evoluiram a par, sendo que, desde sempre, houve a procura pela sapatilha perfeita, aquela que faria o trabalho da bailarina virtuoso e melhorasse o seu desempenho dramático. Aqui fica um video sobre a importância do ajuste perfeito.
NYCB - Pointe shoe: the importance of the perfect fit
A história das sapatilhas de pontas é também a história da técnica da dança clássica. Elas evoluíram juntas, criaram-se uma à outra, mas raramente é atribuído às sapatilhas de pontas o reconhecimento de impulsionar o desenvolvimento da técnica clássica.
Marie Taglioni obtém frequentemente o crédito e a responsabilidade por ter sido a primeira a dançar com sapatilhas de pontas. Mas ninguém realmente sabe com certeza. Está estabelecido que em 1832 Marie Taglioni dançou o bailado La Sylphide inteiro com as pontas. Mas certamente que existiram dançarinos antes dela que dançaram sobre as pontas dos seus dedos dos pés. É até possível que Marie Anne Camargo tenha feito isso cem anos antes. Existem referências em contas de jornal de várias bailarinas com "dedos do pé fantásticos" ou de "caindo dos seus dedos". É provável que Taglioni tenha dançado nas pontas antes de La Sylphide. Mas quem quer que seja realmente a primeira, foi Taglioni que abriu caminho para o desenvolvimento e a revolução da técnica do ballet. Transformou os dedos dos pés em dança, e o que tinha sido meramente uma acrobacia e um tipo de truque de circo, tornou-se meio de expressão artística, dramática, bem como uma proeza técnica.
Marie Taglioni
Antes de considerarmos o que Taglioni fez, e como fez, vamos procurar saber o porquê dela ter feito isso. O ano de 1830 foi o coração da era Romântica. Os artistas e poetas desta era – Keats, Byron, Shelly e Chopin – estavam sempre preocupados com a beleza, a paixão, o natural e o sobrenatural, o poder do amor.
Os grandes ballets românticos desta época eram quase sempre apaixonados mas trágicos no encontro entre um mortal e uma mulher sobrenatural. As personagens das bailarinas eram normalmente habitantes do mundo sobrenatural, como as Sylphides em Les Sylphides e as Willis em Giselle. A mulher sobrenatural é o símbolo da beleza, natureza, amor e imortalidade procurada pelos artistas. A bailarina está sempre representada como uma mulher que não está restrita à Terra, que de tão delicada seria capaz de se equilibrar em uma flor. Taglioni até teve uma peça no cenário que parecia uma flor, forte o suficiente para suportar seu peso e para que ela pudesse criar essa ilusão.
No seu longo tutu branco, completamente simples, se comparado com o ornamentado vestuário do século anterior, ela conseguia passar toda a pureza e virtude feminina. Quando subia nas pontas alcançava uma leveza etérea e uma graça de outro mundo. Dançar com pontas não foi apenas mais um feito, como o primeiro entrechat quatre. Foi um meio de realçar o drama através da expansão do papel feminino.
Na era Romãntica as bailarinas tinham um alinhamento diferente do que conhecemos hoje: eram menos alongadas, a pélvis era mais inclinada para trás e o tronco mais para a frente. Para além do trabalho de pontas, começaram a incluir as pirouettes simples e os piqués.
Taglioni calçava sapatilhas de cetim leve que se ajustavam como luvas. Elas tinham sola de couro e cerziduras nas laterais e em baixo, não na ponta.
As sapatilha de pontas, como nós as conhecemos, evoluíram muito até os dias de hoje.
No final do século XIX as bailarinas viram novas mudanças. Na Rússia, em São Petersburgo, Marius Petipa criou o que viriam a ser chamados os bailados Clássicos: Lago dos Cisnes, A Bela Adormecida, La Bayadère, Dom Quixote e vários outros. Neste momento existiam duas principais – e rivais – escolas de ballet na Europa: a Escola francesa, trazida para a Rússia por Petipa, e a Escola Italiana na qual Enrico Cechetti é um famoso exemplo. Quando duas das maiores bailarinas da escola italiana, Virginia Zucchi e Pierina Legnani, foram a São Petersburgo, a visita causou um profundo efeito na história do ballet.
Enquanto a escola francesa enfatizava o refinamento, a escola italiana era mais atlética, os bailarinos tinham grande desenvolvimento da musculatura das pernas e coxas. A escola italiana pretendeu usar a técnica até o limite, visando alcançar o deslumbramento com o virtuosismo dos seus bailarinos. Os italianos tinham uma arma secreta, um segredo de tradição guardado, para executar múltiplas pirouettes: o foco. Além disso tinham melhores sapatilhas.
Pierina Legnani
Pierina Legnani foi a primeira a realizar os famosos 32 fouettés nas pontas, causando enorme sensação. Logo as bailarinas russas começaram a buscar a técnica de Legnani, mas perceberam que as frágeis sapatilhas que usavam não suportariam os mesmos movimentos. Pediram aos seus sapateiros que criassem uma sapatilha mais dura.
Os italianos contribuíram para outra mudança: o encurtamento da saia, que mais tarde evoluiu para o tutu "prato". Virginia Zucchi era uma brilhante e belíssima bailarina. Quando ela se recusou a dançar com uma roupa que, em suas palavras, tinha sido feita para sua avó, ela desconsiderou o rígido regulamento do Teatro Imperial e o mundo do ballet apreciou outro escândalo.
Petipa, como coreógrafo, fez grande uso deste novo “equipamento” para os pés. Fez múltiplas pirouettes nas pontas, sustentações nos posés e equilíbrios, promenades e saltos nas pontas. Eram passos obrigatórios para as bailarinas. Um legítimo Grand Pas de Petipa exige todos esses passos, além de outros.
Com o passar do tempo, exigia-se que a bailarina fizesse mais nas pontas porque ela podia fazer mais. Quanto mais a coreografia exigia da bailarina, mais ela tinha que exigir da sua sapatilha. A palmilha tornou-se mais dura, as caixas cada vez mais reforçadas e a plataforma ficou mais larga.
Agora, no século XXI, a bailarina tem que ser extremamente versátil. Ela precisa de dominar o trabalho de pontas dos Grand Pas de Petipa mas também a enorme variedade de desafios coreográficos que acumulou desde então. A coreografia pode pedir uma menor verticalidade, ou subir nas pontas em diferentes ângulos. Pode incluir infinitos e expressivos bourrés, como na Morte do Cisne de Fokine, ou suaves e viajados relevés em arabesque, como em Les Sylphides. Pode exigir palmilhas quebradas, bons arcos de pé, como nos trabalhos de Forsythe. Ou ainda, exigir extrema agilidade, leveza e flexibilidade, passando de uma ponta para outra, como nos ballets de Balanchine.
Approximate Sonata de William Forsythe
Seria impossível dançar ballets do século XX com sapatilhas do século XIX, e o oposto também é difícil.
Por volta de 1800, na Dinamarca, Bournonville coreografou para bailarinas que calçavam sapatilhas muito suaves. As suas coreografias exigiam uma grande quantidade de vívidos saltos e brilhante trabalho de pontas, mas não tantos equilibrios e múltiplas piruetas nas pontas como no estilo de Petipa. Quando muito mais tarde o Royal Danish Ballet decidiu colocar algumas das pirouettes e equilíbrios nas pontas ao invés de na meia-ponta, as bailarinas tiveram um enorme problema: como conseguir uma sapatilha suave o bastante para os saltos, mas suficientemente forte para os equilíbrios e pirouettes? Algumas resolveram o problema usando uma sapatilha suave em um pé e uma forte no outro. Elas saltavam com o lado suave e faziam as pirouettes e equilibrios com o lado forte.
Para as bailarinas de hoje o trabalho de pontas está totalmente integrado com a técnica de pontas. Até coreógrafos de jazz e moderno exigem que as mulheres usem pontas, embora os passos tenham uma linguagem diferente. As sapatilhas necessárias para tais coreografias precisam de ser extremamente flexíveis e receptivas além de, simultaneamente, terem bom suporte e durabilidade.
Mas o problema é este, a maioria das sapatilhas de pontas é feita do mesmo material que foi usado nas sapatilhas de Pavlova. Embora as sapatilhas tenham evoluído, ficando mais duras e com uma caixa maior, os seus materiais básicos de construção ainda são antiquados: couro, serrapilheira, papel, cola e pequenos pregos.
Isso cria um grande problema para as bailarinas de hoje. Uma sapatilha de ponta nova é excessivamente dura porque a palmilha e a caixa são excessivamente fortes. Uma vez "quebrada", permitindo que a articulação do pé realiza facilmente os saltos e a subida para a meia-ponta, dura pouquíssimo tempo. É mais doloroso do que precisa ser e nada é feito para minimizar o trauma ao dançar em superfícies duras. Companhias sem fins lucrativos e os próprios bailarinos não podem pagar por sapatilhas não duráveis. Esse problema não pode ser solucionado com materiais e métodos de produção medievais.
Além disso, as bailarinas sofrem danos nos tornozelos e pés, o que não acontece aos bailarinos e bailarinas de moderno; esses danos são claramente o resultado do trabalho realizado nas pontas. A maioria dos teatros do mundo não foi construído para dança, mas para ópera ou drama. Muito poucos possuem chão de madeira com caixa de ar. Em vez disso eles frequentemente têm a madeira colocada diretamente no cimento. Saltar em tais palcos é doloroso e traumático, além de poder ser barulhento também.
Tradicionalmente os materiais usados pelos sapateiros precisam de ser espessos e duros, para proporcionar um bom suporte, mas o barulho alto das sapatilhas enfraquece a ilusão de graça sem esforço, algo que a bailarina sempre almeja. Quando uma bailarina interpreta um grande papel, ela está normalmente a representar uma figura sobrenatural. Sapatilhas barulhentas fazem com que a bailarina pareça pesada, enfraquecendo a apresentação, tanto técnica como dramaticamente.
Por que demorou tanto tempo para que os materiais modernos fossem usados nas sapatilhas de pontas? Porque o ballet é uma arte e seu lado “desportivo” fica omitido. A bailarina precisa de esconder os seus esforços debaixo de um sorriso sereno e radiante. A bailarina faz tudo parecer fácil.
Polina Semionova em Giselle
A história de técnica de ponta mostra-nos como, mais do que uma vez, uma única bailarina alcançaria grandes feitos técnicos novos e assim fixaria um nível mais alto na dança. Estas grandes bailarinas usaram quaisquer que fossem as sapatilhas que existiam no seu tempo, fazendo, talvez, as suas próprias modificações nelas. A fim de se igualarem a quem fosse a grande bailarina, as suas contemporãneas modificavam as suas próprias sapatilhas. Assim, todas estariam a usar a mais nova sapatilha e a tentar encontrar o novo padrão técnico. Com tais melhorias, as gerações subsequentes iriam, por sua vez, alcançar façanhas muito maiores.
É certo que a introdução de sapatilhas mais duras tornou possível novas realizações técnicas, ainda não conhecidas, e as realizações adicionais eram o resultado de um calçado realçado por bailarinas supremamente talentosas. As melhorias no calçado aperfeiçoaram a arte. As sapatilhas de ponta e técnica de ponta evoluíram juntas durante os últimos séculos e não existe nenhuma razão para o progresso parar.
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Coppélia
segunda-feira, janeiro 07, 2013
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O bailado Coppélia é romântico e cómico ao mesmo tempo. As suas variações são muito vezes usadas nos concursos para jovens bailarinas. Tem figurinos maravilhosos. Durante este período as minhas alunas vão aprender esta variação da Swanilda. Aqui fica um exemplo:
Coppelia - Swanilda (Fase de selecção no Prix de Lausanne 2012)
COPPÉLIA é um ballet cómico e sentimental, com música de Léo Delibes e coreografia original de Arthur Saint-Léon. O argumento, escrito por Saint-Léon e Charles Nuitter, baseia-se em duas histórias de E.T.A. Hoffmann: “The Sandman” e “A Boneca”. A história de “Coppélia” diz respeito a um inventor misterioso e diabólico, Doutor Coppélius, que criou uma boneca bailarina em tamanho real. Por parecer tão realista, Franz, um mancebo da aldeia noivo de Swanilda, apaixona-se por Coppélia e persegue o desejo do seu coração, sem obter o sucesso desejado. Esta encantadora obra-prima do bailado clássico, criada por Delibes, consegue transformar genialmente duas histórias escritas, adaptando-as para bailado e introduzindo um novo conceito coreográfico que inspirou grandes coreógrafos. Este bailado desperta o interesse do grande público por ser uma obra divertida e sentimental; esta simbiose fez com que esta obra-prima do repertório de dança clássica fosse a mais representada de sempre no Teatro de Ópera de Paris.
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YouTube
quinta-feira, janeiro 03, 2013
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O YouTube é uma aplicação maravilhosa! Permite-nos estar mais perto de eventos, acontecimentos e factos geograficamente distantes e que não estão ao alcance da nossa concretização.
Prova disso é este video que mostra o ballet de uma forma rara e que não está ao alcance dos nossos olhos. Além disso só confirma o grande virtuosismo dos bailarinos e a questionável dificuldade na execução da técnica.
Ballet in super slow motion
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O Quebra Nozes
quarta-feira, janeiro 02, 2013
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Ainda no espírito das festas natalícias, deixo-vos um video do bailado o Quebra Nozes, o bailado do Natal por excelência. A Valsa das Flores tem das músicas mais bonitas de sempre e, por ocasião das apresentações de Natal, já tive o prazer de a coreografar. É linda!!
The Nutcracker - Waltz of the Flowers - Royal Ballet
“O Quebra nozes" foi convertido numa tradição natalícia em todo o mundo e é, juntamente com "A Bela Adormecida" e "O Lago dos Cisnes", o bailado mais célebre de Tchaikovsky. Estreou-se em Dezembro de 1892 em São Petersburgo, sob a coreografia original de Lev Ivanov e o libreto de Marius Petipa. A história inspira-se no célebre conto de Hoffmann "O Quebra-nozes e o Rei dos Ratos" apesar de que o argumento que daria vida, anos mais tarde, á composição de Tchaikovsky deriva de uma adaptação que Alexandre Dumas fez do texto. A história tem lugar no Natal, na casa do respeitável juiz Stahlbaum na Alemanha. O casal e os seus filhos recebem a visita de familiares, entre eles o velho Drosselmayer, um solteirão excêntrico e amante da magia. Este traz a Clara uma oferta muito especial: um quebra-nozes de madeira. A meio da noite, Clara acorda, os brinquedos ganham vida e ela vê-se perseguida por um exército de ratos. Desencadeia-se uma batalha entre ratos e soldados, liderados pelo quebra nozes. Depois, a menina, o brinquedo e Drosselmayer empreendem uma busca ao rei dos ratos. Finalmente, tudo se desfaz e Clara desperta em casa junto ao seu boneco. “O Quebra-nozes" é, assim, uma fábula que fala da saudade perpétua pela infância perdida e do contraste entre a realidade do mundo dos adultos e o sonho do mundo das crianças.
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